- porque dessa fruta eu chupo até o caroço! -

Tuesday, October 02, 2007

Histórias bacana(i)s 1.2


Sempre há uma resposta: mesmo para as mais descabidas loucuras ou perguntas que façamos sem mesmo querer-lhas encontrar; não encontramos, mas há. No limite, por dúvida, as arranjamos. Pois pergunto-lhes, a fim de obter de vocês tão somente o silêncio; não me há escapatória: como poderia uma jovem mais moça, bem mais moça, nem tão conhecida assim, amiga das amigas, louca por tabela, dançante e dorminhoca, magrela, como pôde, pois, ela querer –lhes assim os dois ao mesmo tempo? Talvez nem tivesse pensado, fosse talvez O sonho. Um breve orgasmo e pesadelo. Dor e prazer, elas sabem bastante disso. Mas eles eram dois e maior, portanto, suas ignorâncias. De sorte que se me adianto muito, trato de pormenorizar.

Fora surpreendida pelo mais velho num ato rápido, é bem verdade, que tomou-lhe a sua boca na dele e sugou-lhe os lábios, e com pequenas mordiscadelas junto ao roçar da barba, causava nela certo imobilismo e arrepios. Aprumava – sedento - o mais novo, contornava-lha as curvas poucas e o mamilo duro buscava, com as pontas dos dedos. O arfar dele e a pressão de seu corpo, fazia aquecer a temperatura dos dois que agora trocavam leves arranhões e amassos de roupas, enquanto ele segurava-a com firmeza e suavidade ao tempo em que beijava, agredia, suavizava, tudo em seu pescoço,querendo o pertencimento. Embora tivesse sido surpreendida, ela estava ali a bebericar com eles há bastante tempo, em bares sujos, desses que cheiram a mijo, a ouvir-lhes as besteiras, a sorrir-lhes frouxamente como quem nada quer além do sexo. E eles a disputá-la, ora com galanteios e devaneios, ora com sarcasmo, parecia um repente, onde cada qual alternava sua vez e se, por um acaso, falhasse o tempo da rima o outro teria o benefício da intervenção. Mas foi muito o papo e pior, muito pior, o fato de terem saídos os três dali de mão dadas, a esmo, em direção ao nada, ou ao tudo, ou ao um , fundir-se- bela palavra que esconde e revela, de fato une. A moça no meio e em cada ponta um. Pois é bastante razoável que, se ela aceitasse qualquer beijo sob esta condição, era o sinal. Não? Há uma clara lacuna nesta concatenação de idéias assim narradas: como esses dois que a pouco disputavam - com o que há de mais sutil e sórdido, que é o que se faz em detrimento do outro- a menina magrela ,concordaram em agora compartilhá-la? Sem efeitos literários, pode-se dizer que esta concordância ocorreu no entreolhar dos dois. Não que fossem dois vividos e experimentados na arte de olhar e tudo entenderem, profunda imanência de suas almas, nem tampouco eram daqueles acostumados a fazerem aquilo entre si,nunca tinham experimentado, mas de fato bastou o olhar e tudo se refez. Tanto assim foi que não fica contraditório dizer que depois de beijá-la intensamente, o mais velho “ofereceu-a” ao mais novo, que soube também tomá-la e foram muitas as histórias e os detalhes que cabem num grande e belo conto erótico a se fazer a seis mãos. Enquanto não o temos, basta dizer-lhe que ela se esbaldou, mostrou desenvoltura, eles também não pareciam se incomodar com a presença de pólos negativos tão próximos a eles mesmos, o imã dela tudo atraía. E ela foi ali e alhures tão chupada, lambida, beijada, fudida, dedada, puxada, arranhada, mordida, suada, rolada, apertada, enfiada que, quando eles quiseram por fim consumar a fusão dos corpos penetrando-a os dois ao mesmo tempo, ela chorou. Chorou tanto e com tanta força que eles se lembravam no dia seguinte, principalmente o mais novo, sempre garoto, como há de se provar. Como pôde, pois, ela querer –lhes assim os dois ao mesmo tempo? Era a perguntas que ressoava na cabeça do mais novo e ia se tornado frase, ao passo da lembrança que ele mesmo teria dedado com dois dedos o seu cu, enquanto a fudia, portanto um pau ali não seria tanto incômodo, não é mesmo? Mas que fora no meio interrompida por ele: como ela pôde... foi o que chegou a dizer, pois percebeu que estes mesmos dedos eram os que agora lhe escovavam os dentes.

2 comments:

rum rum said...

Não sabia como "inserir" o dedo nessa história, obrigado pela intervenção canalha!

Obladi-Obladá said...

alguns dedos, uma lasseada e muitas historias...