- porque dessa fruta eu chupo até o caroço! -

Friday, March 24, 2006

Desacompanhada da Sorte...


As noites de verão sempre são muito agradáveis, principalmente pros que amam a natureza e estão em ótima companhia. Mas para Xana, sorte era um substantivo um tanto obtuso... Sempre havia um mistério por detrás de um ótimo dia ou de uma virada do destino. Era noite de Sexta-Feira, na cidade do Rio de Janeiro, calor escaldante. Acompanhada de seu namorado, Xana tem uma ótima idéia: caminhar pela praia... Romântico não é? Não, não é... Xana foi bem à vontade. Camiseta, saia e chinelo. Carregava uma mochila com poucas coisas, celular, carteira... O namorado de Xana estava ansioso, pois não se viam há algum tempo... Coitado, antes tivesse ficado em casa. Xana caminhava tranqüilamente em direção à praia, quando o inusitado ocorreu: tomou uma baita cagada de pombo na cabeça. Mas isso não a fez esmorecer. Limpou aquela sujeira e seguiu para o passeio. Chegando à praia, a noite estava maravilhosa. Comprou um a cervejinha pra acompanhar. Uma, duas, três... Realmente muito agradável... Xana, de repente sentiu uma grande vontade de urinar... Olhou para um lado, olhou para o outro e não avistou sequer um banheiro. Mas tudo bem. Isso jamais intimidou nossa heroína. Xana encaminhou-se até uma árvore, em meio à penumbra, e escolheu o lugar ideal para resolver seu problema. O que Xana não esperava era pisar em um monte de bosta de mendigo (fresquinha). Aquele creme entrou entre os dedos do pé de Xana, fazendo-a entrar em profundo desespero. Sua sorte era a proximidade do mar. Ela saiu correndo, detrás das árvores, com um choro sentido e, lamentando o ocorrido, começou a lavar seus pés. Xana estava realmente abalada. Chorava muito. Afinal o que teria feito de errado para merecer aquilo. Xana, desesperada, se agachou de frente pro mar, na tentativa de acalmar-se. O destino lhe pregou outra peça. Uma grande onda veio em direção de Xana, levando sua mochila com todas as suas coisas para dentro d’água. Xana perdeu tudo que tinha. Desesperada e arrasada, pediu para o namorado (que a esta altura já achava melhor se afastar da moça) que a levasse para casa. Xana estava aos pedaços. Teve um prejuízo de R$ 400,00. Quando achava que tudo havia acabado, na esquina de sua casa, uma grande barata voadora bateu em seu rosto, grudando em seu cabelo, levando-a ao total estado de histeria. Xana refletiu sobre seu dia. Resolveu que o lar era o lugar mais seguro para uma menina desacompanhada da sorte.

1 comment:

Obladi-Obladá said...

Imagino o quentinho por entre os dedos e o prazer de pisar no macio...
Ahhh Xana! O que algumas latinhas não lhe fazem, ahn?